domingo, 22 de maio de 2011
I Ciclo de Conferências: Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legislativas 2011
A convite da Associação de Estudantes da FCUP, o GFGFC irá fazer uma breve actuação na abertura deste ciclo de conferências na próxima 3ª feira, dia 24 de Maio, pelas 21:15h!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
O que se entende por Serenata-Concerto de Coimbra?
quarta-feira, 11 de maio de 2011
II Noite de Fados de Ciências
domingo, 24 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
VI Scientiphicvs
II Monumental Noite de Fados da FDUP
domingo, 3 de abril de 2011
Fado de Despedida de Ciências de 1994
Vozes: Rui Leite, Mário Vieira e Pedro Eira.
Guitarras Portuguesas: Pedro Pinto e Armando Teixeira Pinto.
Violas: José Pedroso e Diogo Magalhães Santana.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Guitarcelo Trio - Maio de 78
terça-feira, 29 de março de 2011
Balada de Despedida de Ciências de 1995
Fado: "Balada de Despedida de Ciências do Porto - 1995"
Vozes: Mário Vieira, Rui Leite e Pedro Eira.
Guitarras: António Morais, Armando T. Pinto e Pedro Pinto.
Violas: Diogo Santana e José Pedroso.
sábado, 26 de março de 2011
A UNIVERSIDADE DO PORTO E A 1.ª REPÚBLICA*
sexta-feira, 25 de março de 2011
Centenário da Universidade do Porto 1911/03/22 – 2011/03/22
quarta-feira, 23 de março de 2011
Fado (O) de Coimbra na Academia do Porto
É um texto longo, mas tamanho trabalho e pormenorização não pediam menos, e certamente temos todos muito a aprender com ele.
"Não é coisa rara ver associada a prática do Canto e da Guitarra de Coimbra no seio da Academia portuense exclusivamente ao mais antigo dos Organismos estudantis: o Orfeão Universitário do Porto (OUP; fundado como Orfeão Académico do Porto em 1912; existente com muitas soluções de continuidade até aos anos 30; tentativas de reorganização a partir de 1937, com a designação transitória de Orfeão Académico da Universidade do Porto; reorganização ‘definitiva’ em 1942, ano a que também remonta a actual designação; de 1937 a 1967 teve como regente o maestro Afonso Valentim [da Costa Pinto, 1897-1974]). Que este, pela sua longa existência, pelo facto de dispor, quase sempre, de um grupo de fados, tem um lugar importante nesta sucessão de estórias é um facto; lugar importante: disse e repito; mas de modo algum lugar único.
Datar a origem do processo é algo que só uma pesquisa aturada (nos matutinos da Cidade, numa publicação como O Porto Académico [anos 30/40/ 50], nos fundos da Biblioteca Pública Municipal [BPMP] que incluam programas de espectáculos, no que possa existir de arquivos sonoros dos antigos Emissores do Norte Reunidos [ENR], etc.) poderá estabelecer. Mas creio que, no essencial, ele remonta aos anos 30, com pontuais antecedentes na década anterior. E ao processo não foi de modo algum estranha a ida para o Porto de estudantes de Engenharia com antecedentes em Coimbra (cursados os «Preparatórios» na Faculdade de Ciências) e que agora rumavam à Invicta a concluir a licenciatura.
De qualquer modo, os nomes mais antigos que conheço são exteriores à Universidade: trata-se de estudantes dos então Institutos Industrial e Comercial (dos actuais Institutos Superiores de Engenharia e de Contabilidade e Administração / Instituto Politécnico do Porto), em finais dos anos 30 / princípios dos anos 40; aí referencio nomes como os dos guitarristas(...)"
Serenata Monumental do Centenário da Universidade do Porto
Foi com enorme prazer que se comprovou, os ventos da continuidade, e da juventude, do Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências, apostando num original da terceira formação, fizeram finalmente ouvir com o “Porto Feio” ao publico académico fora Ciências, na casa onde nasceu.
O caminho está lançado, como dizia José Afonso “Venham mais cinco!”.
Aqui: http://centenario.up.pt/ podem consultar mais informação sobre as comemorações do centenário desta nossa Universidade.
Um bem haja a todos.
Sarau de Ciências 2010 - Feiticeira
Primeira Formação - Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências interpreta "Gentis damas do Porto"
Serenata do Caloiro da FCUP-1994
Fado: "Oh Gentis Damas do Porto"
Voz: Mário Vieira
Guitarras: Armando Teixeira Pinto e Pedro Pinto.
Violas: José Pedroso e Diogo Santana.
terça-feira, 22 de março de 2011
XXI Sarau Cultural de Ciências
"A AEFCUP tem o prazer de anunciar o cartaz do tão esperado XXI Sarau Cultural de Ciências, mítica e tradicional actividade a realizar no magnificente Teatro Sá da Bandeira, no dia 25 de Novembro (Quinta-feira). Bilhetes à venda na secretaria da AEFCUP, por 4€ e que conta com a participação do Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências, Grupo de Folclore de Ciências, Cientuna, Adega Cooperativa e Musical Recreativa Cultural Grupo de Jantares Lá Lá Pito, Javardémica e, ainda, João Dinis e os Double on Fire."
Será também a primeira actuação oficial da 4ª formação do Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências.
Contamos com todos vocês!
Serenata de Recepção ao Caloiro 2010 #2
E com a despedida da 3ª Formação fica a apresentação oficial da 4ª! Com muito nervo à mistura, mas temos potencial para continuar!
Fica a força para todos, e meus caros apoiem todos estes que como nós, a 3ª formação, lutamos pelo Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências!
1ª Parte da actuação da 4ª Formação do Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências.Serenata de Recepção ao Caloiro 2010
Foi um enorme prazer ter passado estes anos com todos vocês. Ter vivido as emoções de fazer parte de um magnifico grupo e acima de tudo, levar bem longe com todo o nosso empenho, o nome da nossa magnifica casa.
Até sempre amigos! Vamos andando por aí! E embora longe estaremos sempre perto!
Novo ano
Novo ano, ventos da mudança se avizinham. O Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências está a mudar. Como certamente se aperceberam durante o ano transacto, a nova geração do nosso Grupo começa a emergir.
Ano de feitos importantes, entre o espectáculo no Coliseu do Porto à nossa magnifica Noite de Fados de Ciências que todos vocês ajudaram a ser um sucesso, estamos de volta para tentar fazer tudo isto e muito mais!
Estaremos presentes na Serenata de Recepção onde iremos actuar em jeito de despedida.
Até ver, e um grande bem haja a todos.
Ângelo Correia
Pelo Grupo de Fados de Ciências, por Ciências.
Antologia do Fado de Coimbra no Coliseu do Porto
Preços dos bilhetes:
Cadeiras de orquestra – 20.00 euros
1ª e 2ª Plateias – 15.00 euros
Tribuna – 10.00 euros
Balcão popular, galeria e Geral – 5.00 euros
Estão à venda no Coliseu.
O grupo de Fados e Guitarradas de Ciências vai lá estar. Apareçam!
Compareçam todos! Vamos dar força a este evento para continuarmos!
Com a presença de:
- Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências UP
- Grupo de Fados de Farmácia UP
- Grupo de Fados e Guitarradas de Economia UP
- Tuna Masculina de Ciências UP
- Tuna Feminina de Ciências UP
Contamos com todos vocês!
Saudações!
Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências
Encontro de Fados Académicos
Toda a informação AQUI.
Compareçam!
Um bem haja a todos.
Antologia do Fado de Coimbra na Casa da Música
Espectáculo inserido no projecto Antologia do Fado de Coimbra que tivemos o prazer de participar.
Fica o "nosso" Maio de 78.
Sarau de Ciências 2007
Fim de semana cultural no museu abade Pedrosa em St. Tirso
Temas originais - Porto Feio
Porto Feio
Adeus, minha linda cidade,
Hoje é dia de partir,
Tantos anos que passaram,
Sem te puder sentir!
Refrão:
Porto feio de saudade,
Quero ver-te a sorrir!
Para toda a eternidade,
Não te deixo fugir!
Amores que em ti vivi,
Hoje sinto-me a chorar,
Levo no meu Coração,
A vontade de te amar!
Refrão.
Música: Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências
Letra: Ângelo Correia
Temas originais - Solidão
Temas esses que passaram pelas várias gerações do Grupo de Fados e Guitarradas da Faculdade de Ciências da UP, sendo alguns deles interpretados ainda pela actual formação.
Solidão
Vento traz-me o perfume
Da minha flor amada,
Que eu estou longe e sofro
Sufocado na mágoa.
Quero ser uma gota
Da água que vai no rio.
Navegar sem regresso,
Naufragando contigo.
Letra & Música: António Morais
Temas originais - Fado da Confissão
Temas esses que passaram pelas várias gerações do Grupo de Fados e Guitarradas da Faculdade de Ciências da UP, sendo alguns deles interpretados ainda pela actual formação.
Fado da Confissão
Os teus olhos confessaram
Quanto me querias, meu bem.
Mas, tua boca traída,
Dizia não querer ninguém.
Não há mentira que engane
A verdade do olhar.
Nem há maldade que impeça
A tua boca beijar.
Letra : Armando Teixeira Pinto
Música: Grupo de Fados de Ciências
Temas originais - Balada de Despedida de Ciências 1995
Temas esses que passaram pelas várias gerações do Grupo de Fados e Guitarradas da Faculdade de Ciências da UP, sendo alguns deles interpretados ainda pela actual formação.
Balada de Despedida de Ciências 1995
Um lindo sonho de amor,
Tive contigo ao luar;
e acordo num pranto de dor
Junto à Fonte a chorar.
Refrão
Adeus querida Faculdade,
Como pudeste deixar-me partir.
A vida parece ruir,
Com a dor que deixa a Saudade
E a Fonte chora por mim,
Esse meu sonho acabado.
Parto sozinho, assim.
Levo comigo este Fado.
Refrão
Letra : Armando Teixeira Pinto
Música: Grupo de Fados de Ciências
Temas originais - Fado de Despedida de Ciências de 94
Temas esses que passaram pelas várias gerações do Grupo de Fados e Guitarradas da Faculdade de Ciências da UP, sendo alguns deles interpretados ainda pela actual formação.
Fado de Despedida de Ciências de 94
Um ano foi uma hora,
Um dia foi um segundo.
Breves momentos que agora,
São poeiras neste mundo
Todo este tempo passou
Por mim num só instante.
Mas se à Morte a Vida dou
Guardo a alma de Estudante.
Mas se à Morte a Vida dou
Guardo a alma de Estudante.
Letra e Música: Rui Leite
Temas originais - Fado amargo
Temas esses que passaram pelas várias gerações do Grupo de Fados e Guitarradas da Faculdade de Ciências da UP, sendo alguns deles interpretados ainda pela actual formação.
Fado Amargo
Adeus doce Donzela…
Se a noite é bela, triste é o luar
Que alumia as chagas da minha capa,
Que são as mágoas de ainda te amar.
Tu que partiste, doce Donzela,
Porque deixaste teu sorriso de mel?
Que é o doce, amargo veneno,
Em que adormeço num leito de fel.
Letra e Música: Diogo de Magalhães Santana
CD “Tempos de Saudade”
Temas:
- Terra Franca (indicativo, original)
- Aquela moça da aldeia
- Saudade
- Último Fado
- Fado das Andorinhas
- Variações em Ré menor
- Amores de Estudante
- Fado da Sugestão
- O Meu Desejo
- O Meu Fado
- Danças Portuguesas nº2
- Fado da Confissão
- Rio de Saudade
- Fado de Despedida de Ciências de 1994
- Fado Sem Esperança
- Para que quero eu olhos
- Balada de Despedida de Ciências de 1995
Quarta formação
Vozes: Sérgio Ribeiro, David Gomes, Frederico
Guitarra Portuguesa: Nuno Gonçalo, Miguel Santos
Violas: Pedro Travassos, Rui Sousa, Pedro João
Violino: David Gomes
Terceira formação
resolveu trazer de volta a sonoridade que tanto fez parte da nossa casa e do Porto.
Guitarra Portuguesa: Ângelo Correia, Henrique Gonçalves, Hilberto Silva
Violas: Henrique Cachetas, Sérgio Ribeiro
Violino: Jorge Domingues
Terminando com: Carlos Miranda, Ângelo Correia, Sérgio Ribeiro e Jorge Domingues
Segunda formação
Primeira formação
Texto incluído no folheto do CD Tempos de Saudade do Grupo de Fados e Guitarradas de Ciências da U.P.
“As serenatas faziam-se às 2 e 3 da manhã, quando a cidade estava no primeiro sono! Mas toda a gente gostava, ao ouvir o Carlos Leal, e ao ver o grupo de capas e batinas que silenciosamente desprendiam os acordes sentimentais das suas guitarras”. Coimbra? Não. Carlos Leal foi estudante da Faculdade de Medicina do Porto nos anos 20, altura em que gravou alguns discos… de Fado de Coimbra.
Mas não é o Fado de Coimbra, como o nome indica, um género musical exclusivo dos estudantes de Coimbra, ainda que por vezes cantado (adulterado) por alguns cançonetistas com objectivos puramente comerciais? Sem entrar pela (terrível) questão das origens do Fado de Coimbra, é necessário referir que pelo menos desde os anos 90 do século XIX ele terá tido expressão junto dos estudantes do Porto.
É indiscutível que pelo menos a partir de Hilário os fados de Coimbra ganharam projecção nacional, nomeadamente através da circulação comercial de pautas com adaptações para piano (toda a família burguesa devia ter um piano em casa). E não se deve esquecer a importância da mobilidade dos estudantes entre as diversas localidades, quer em excursões, quer transferindo-se de instituição, quer em férias na sua cidade natal onde transmitiria aos alunos do liceu local as “modas” do ensino superior.
Assim, escrevia em 1904 Alberto Pimentel: “Em algumas localidades há Fados escolares de classe, como por exemplo o Fado dos estudantes açorianos [...]. Noutras localidades, principalmente em Coimbra, cada estudante dá largas ao lirismo individual em quadras de Fado, que vão passando de guitarra em guitarra até se generalizarem na classe e depois no país”.
Por razões semelhantes, desde há algum tempo que outras tradições académicas coimbrãs se iam implantando em diversas “academias” (liceais fora de Lisboa, Porto e Coimbra) por esse país fora. Em 1889, pela primeira vez estudantes do Porto tinham usado Capa e Batina.
E foi de Capa e Batina que a Tuna Académica do Porto foi a Compostela em 1897, onde “apesar da chuva e do mau tempo, fizeram-se serenatas; e, debaixo de certas janelas, cantaram-se deliciosos fados”. Como foi de Capa e Batina que a Tuna voltou a Santiago em 1909, com Manassés de Lacerda fazendo enorme sucesso com o seu fado (Manassés ficou célebre a cantar Fado em Coimbra em 1900-04, como aluno do Liceu; mudou-se depois para o Porto, onde gravou ainda antes de 1911 vários discos de grafonola).
Desde então não mais deixaram os estudantes do Porto de cultivar o Fado de Coimbra, quer nas serenatas, como as referidas acima, quer nos inevitáveis “Fados e Guitarradas” dos saraus académicos (donde, devido aos saraus do Orfeão Universitário do Porto, surgiria aí uma estrutura fixa, importantíssima, o Grupo de Fados do O.U.P.), quer a partir de 1960 nas Serenatas Monumentais da Queima das Fitas.
Seria fantasiar afirmar que o Fado de Coimbra é igualmente do Porto: o meio portuense do Fado de Coimbra sempre foi muito mais pequeno e “muito mais intérprete que criador”, nunca tendo dado grandes contributos para a sua evolução.
Mas será estranho que num meio estudantil que, mesmo não tendo o Choupal, o Penedo ou a Torre da Cabra, fazia seu o imaginário académico aprendido nas páginas do Mata-Carochas ou do Pad’Zé; nas histórias contadas pelos colegas que de Coimbra para cá vinham; ou nas vivências próprias que ia tendo pelo Porto, o Fado de Coimbra tivesse grande adesão, cantando esse mesmo imaginário, o Amor (senão pelas “tricanas”, pelas “gentis damas do Porto”) e por fim a saudade de ser estudante?
É nesta tradição que se insere este grupo: não se trata de pessoas que se interessam pelo Fado de Coimbra como se poderiam interessar por outro género musical qualquer; trata-se de académicos que viveram e vivem intensamente a Universidade e todas as suas tradições (ouça-se o Fado e a Balada de Despedida aqui gravados!).
Mas trata-se também de um grupo que alia ao aspecto académico a qualidade musical (ouça-se o disco todo!), ao que não é alheia a excepcional qualidade do seu “Mestre”, Paulo Soares, que aqui há uns anos reeditou a tradição, que vem pelo menos do Manassés, de periodicamente por cá aportarem combrãos, para (r)estabelecerem as comunicações.
No entanto, há também um “tradição” que não cumprem, e ainda bem: é que esta é, tanto quanto sabemos, a gravação portuense de Fados de Coimbra com maior número de originais!
Por estas razões, este é não só um documento de um grande grupo, como um contributo importante para os “Fados e Guitarradas” no Porto, e merece um pujante
FRA!"
João Caramalho Domingues