quarta-feira, 23 de março de 2011

Fado (O) de Coimbra na Academia do Porto

Citando o dr. Armando Luís de Carvalho Homem em mais um dos seus magníficos textos, desta feita sobre o Fado de Coimbra na Academia do Porto.

É um texto longo, mas tamanho trabalho e pormenorização não pediam menos, e certamente temos todos muito a aprender com ele.

Em época que nos perdemos em (re)definições de coisas que não carecem (minimamente!) de (re)definição, estas referências e trabalho são (acima de tudo) de louvar e extremamente necessárias.

Temos todos muito a ganhar.

Em jeito de sinopse:

  "Não é coisa rara ver associada a prática do Canto e da Guitarra de Coimbra no seio da Academia portuense exclusivamente ao mais antigo dos Organismos estudantis: o Orfeão Universitário do Porto (OUP; fundado como Orfeão Académico do Porto em 1912; existente com muitas soluções de continuidade até aos anos 30; tentativas de reorganização a partir de 1937, com a designação transitória de Orfeão Académico da Universidade do Porto; reorganização ‘definitiva’ em 1942, ano a que também remonta a actual designação; de 1937 a 1967 teve como regente o maestro Afonso Valentim [da Costa Pinto, 1897-1974]). Que este, pela sua longa existência, pelo facto de dispor, quase sempre, de um grupo de fados, tem um lugar importante nesta sucessão de estórias é um facto; lugar importante: disse e repito; mas de modo algum lugar único.

   Datar a origem do processo é algo que só uma pesquisa aturada (nos matutinos da Cidade, numa publicação como O Porto Académico [anos 30/40/ 50], nos fundos da Biblioteca Pública Municipal [BPMP] que incluam programas de espectáculos, no que possa existir de arquivos sonoros dos antigos Emissores do Norte Reunidos [ENR], etc.) poderá estabelecer. Mas creio que, no essencial, ele remonta aos anos 30, com pontuais antecedentes na década anterior. E ao processo não foi de modo algum estranha a ida para o Porto de estudantes de Engenharia com antecedentes em Coimbra (cursados os «Preparatórios» na Faculdade de Ciências) e que agora rumavam à Invicta a concluir a licenciatura.

   De qualquer modo, os nomes mais antigos que conheço são exteriores à Universidade: trata-se de estudantes dos então Institutos Industrial e Comercial (dos actuais Institutos Superiores de Engenharia e de Contabilidade e Administração / Instituto Politécnico do Porto), em finais dos anos 30 / princípios dos anos 40; aí referencio nomes como os dos guitarristas(...)"

   Note-se que esta apresentação do texto não dispensa (de forma alguma) a leitura integral do texto.

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